No passado os físicos dividiram o mundo em matéria e pensamento, e mais tarde, em matéria e energia. Cada uma dessas partes se considerava totalmente diferente uma da outra, mas não são. Essa dualidade mente/matéria conduziu nossa visão de mundo na qual a realidade estava basicamente predeterminada, e poderíamos fazer muito pouco para promover alguma mudança com nossas ações e menos ainda com nossos pensamentos.
Porém, hoje em dia, com o apoio da Física Quântica, consideramos que formamos parte de um imenso campo invisível de energia que contém todas as realidades possíveis e que responde aos nossos pensamentos e sentimentos.
Investigações recentes comprovam que temos uma capacidade natural para mudar o cérebro e o corpo com o pensamento, ou seja, que biológicamente nosso corpo acredita que já aconteceu alguma situação futura. Como podemos fazer com que um pensamento seja mais real que qualquer coisa, podemos mudar quem somos, desde nossos neurônios até nossos genes, a partir do momento que adquirimos os conhecimentos necessários. Quando aprendemos a usar nossa atenção e viver no momento presente, cruzamos a porta que nos leva ao campo quântico, onde existem todas as possibilidades.
Em seu livro Breaking the Habit of Being Yourself, publicado em 2012, Joe Dispenza nos diz: “se as partículas subatômicas podem existir de forma simultânea em uma infinidade de possíveis lugares, somos em potência capazes de colapsar em uma infinidade de possíveis realidades”. Quer dizer, se podemos imaginar um acontecimento futuro em nossas vidas baseado em algum desejo, essa realidade já existe como possibilidade no campo quântico, esperando que a observemos.
Se a nossa mente pode influenciar na aparição de um elétron, em teoria também pode influenciar na aparição de qualquer possibilidade. Mente e matéria estão interligadas. Somos poderosos o suficiente para influenciar na matéria, pois a nível básico somos energia com consciência. Somos matéria consciente.
Nossa rotina e a repetição de nossos pensamentos e sentimentos perpetuam o mesmo estado de ser, no qual criamos sempre as mesmas atitudes e a mesma realidade. Se queremos mudar algum aspecto da nossa existência, teremos que pensar, sentir e atuar de formas diferentes, teremos que ser diferentes em quando e como respondemos às experiências. Precisamos nos converter em outra pessoa e criar um novo estado mental necessário para observar novos resultados com essa nova mente, ou seja, devemos eliminar o hábito de sermos os mesmos de sempre.
Segundo a psicologia cognitiva e o construtivismo, a nossa conduta é uma reação à representação da realidade construída em nossos esquemas mentais. Em outras palavras, não reagimos à realidade exterior, e sim à realidade subjetiva criada por nossos processos cognitivos. O verdadeiro poder criativo chega quando começamos a analisar a fundo nossas crenças, quando vamos além do nosso corpo físico e questionamos a nossa própria identidade.