Bruce Lee, conhecido ator e artista marcial, certa vez disse:
“Esvazie sua mente, não tenha formato... sem contornos... como água. Quando você coloca água em um copo, ela se torna o copo. Se você coloca água em uma garrafa, ela se torna a garrafa, se você coloca a água em uma chaleira, ela se torna a chaleira. Agora, a água pode fluir, ou pode destruir. Seja água, meu amigo.”.
Em tempos de incerteza é preciso revisar planos. O futuro que esperávamos não mais existirá... mas existirá um futuro! E é sobre isso que trata este artigo!
Uma das consequências da pandemia do Coronavírus que assola o mundo é o impacto em toda a cadeia produtiva e consequentemente a necessidade de se rever o que chamamos de modelo de negócio. Normalmente se associa modelo de negócio com o famoso “canvas”, mas na verdade, esta importante ferramenta é apenas uma fotografia de algo que é extremamente mutável e dinâmico. Modelo de negócio é a lógica de operação de uma instituição (seja ela com ou sem fins lucrativos)... é como ela faz, na prática, para entregar valor para seu público.
Se os tempos são outros, o modelo de negócio precisa ser adaptado e ter resiliência até que chegue em uma nova conformação ideal. E essa adaptação e resiliência para testar novas formas incluem aspectos de como a empresa se relaciona com o público, o que de fato ela entrega para o público, qual sua fonte de geração de receita, quais são suas atividades, recursos e parceiros chave, entre outros.
Uma coisa é certa: Não é possível fazer a mesma coisa e do mesmo jeito e esperar bons resultados.
Embora o sentimento de desamparo e medo esteja cada vez mais presente, esta pode ser uma excelente oportunidade de nos reinventarmos enquanto sociedade. Se antes, temas como sustentabilidade, colaboração e criatividade eram atribuídos a sonhadores, revolucionários e “startupeiros”, hoje ela é fundamental para construir uma nova lógica não só de mercado, mas também de relações.
Acredito que estamos em um dos principais momentos de disrupção planetária. Dependerá de nós, se iremos nos agarrar às lembranças do passado e nos tornarmos peças de museu ou uma nova sociedade que tem gratidão pelo passado, mas entende que o futuro irá demandar novas idéias, comportamentos e habilidades. A escolha é nossa.
E se eu pudesse te dar um conselho, ele seria: “Seja água, meu amigo”.
